Por favor, é só um cão!

07-02-2023

SAM,
"O que para alguns de vocês "é só um cão", para a sua família é muito mais...é um companheiro, é um amigo..."


Há 9 meses tive a infelicidade de perder o meu primeiro cão, o CJ.

Um Labrador chocolate, que trouxemos para casa com apenas 3 meses, lindo de morrer e com uma personalidade incrível, que arrebatou o meu coração no primeiro momento em que o vi.
Tenho a certeza que foi amor à primeira vista, para os dois.

Sem filhos, o CJ tornou-se no meu filhote, no ser que precisava de mim e eu, claramente, precisava dele.
Nos seus 12 anos de vida foi o meu companheiro nos bons momentos e, principalmente, nos maus: a perda do meu pai, a separação daquele que pensei ser o marido para toda a vida, na descoberta que a minha mãe tinha Alzheimer e na perda de duas gravidezes.

Se nos bons momentos ter um cão é bom, nos maus é quando eles nos "salvam".
E o CJ salvou-me em todas aquelas vezes, pois no meio da minha tristeza, da minha desilusão com o mundo, do meu descrédito na fé, ele era o que me mantinha "viva", a "funcionar", a acreditar que o próximo dia só podia ser melhor.

É por isso que a sua partida dói, muito, como a dor de qualquer outra perda significativa na nossa vida.
É um vazio que se instala ali, ao nosso lado, é uma história que termina, sempre, de forma inesperada e sem um final feliz...
É uma perda...grande e muito sentida.
O que para alguns de vocês "é só um cão", para a sua família (ou detentores) é muito mais...é um companheiro, é um amigo, é o filho de 4 patas...é, simplesmente, mais um membro da família.

O meu CJ foi isso tudo, um amigo, um companheiro, um ser que nunca me abandonou, nunca me desiludiu e nunca, mas nunca, me deixou de amar incondicionalmente, por isso, a sua partida para o "céu dos cães" levou um pedaço do meu coração e será sempre um amor, uma saudade, que fica "para além da vida".

As suas cinzas estão enterradas no nosso jardim, onde plantámos uma árvore, e todos os dias falo com ele...para que saiba, onde quer que esteja, que o amo, que sinto a sua falta e que será sempre o mais especial de todos os cães...
(No meu íntimo, desejo que esteja num lugar fantástico, junto do avô Zé, a correr livre e feliz com o primo Goofy).

Por isso, na próxima vez que se sentirem tentados a chamar aos muitos CJ que andam por aí "só um cão", pensem duas vezes antes de o fazer, pois isso será apenas a clara demonstração de uma total falta de empatia pelos nossos sentimentos.

E isso, Meus Caros, não é bonito, não é mesmo nada bonito.

Truliru!

PS: Graças ao CJ, acabei por adotar a EJ e o TM.


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