O desporto rei

11-08-2022

Lady in Red,
O futebol, ainda mais que qualquer outro desporto, deveria ser considerado a oitava maravilha do mundo ou fazer parte de enquadramentos mágicos. Reinventa-se com a sociedade através campeonatos de efootball, onde temos um campeão do mundo de clubes, mas mantém a sua pureza que ainda agora nos faz questionar porque passamos 1h30 a 2h30 a ver 11 marmanjos a correr atrás de uma bola e a tentar introduzi-la em 2 retângulos. Daí ser magia, simplesmente não tem explicação o que provoca em milhões de pessoas no mundo inteiro.


O futebol possui esta aparente pureza e ilusão que leva o comum dos mortais a pagar 60 euros para ver um jogo quando tem que pagar mais 120 para atestar um depósito que o leve ao estádio - não tem fronteiras e é quase considerado uma religião, a sua própria cidade estado regida por normas próprias. Mas por detrás deste fundo puro existe uma das maiores máquinas de fazer dinheiro da sociedade atual - caso contrário não teríamos jogadores a ganhar mais num segundo do que o Zé da Esquina sonha ganhar numa vida inteira. 
O futebol é religião, política e assunto sobre o qual nunca se deve tocar numa entrevista de emprego (acreditem, sei por conta própria). Mas é terapia e conforto. É uma escola de vida, de análise de comportamento humano, de sentimento de pertença. É abraço com a pátria e ponte entre desconhecidos com apenas o elo de ligação do mesmo clube ou da mesma seleção. Contudo, importante alerta de efeitos secundários. A exposição prolongada ao mesmo também pode provocar problemas de fanatismo embora todo o ser humano adore, mesmo que secretamente, um bom reality show. Olhem por exemplo o nosso próprio e autointitulado rei, Cristiano Ronaldo, que nem consegue decidir em que clube jogar, sendo listadas na imprensa inúmeras rejeições públicas - tal como disse, terapia, se até o Ronaldo é rejeitado assim na praça pública, não preciso de me sentir tão mal com aquela vez que caí do placo na aula de dança, acontece aos melhores!
Aguardemos próximos episódios, por mais golos, saltos, festejos. Mas também por mais Wandas e Icardis, Salvios e Magalis... É só escolher que parte do futebol apreciam mais.
Como diria o Manuel Serrão, e deixo o desafio, "diga um". Vão ver que é impossível escolher
só um motivo para respirar futebol - para quem não gosta também facilmente arranjam mais
que um motivo para não gostar. Mas são assim as grandes coisas na vida - suscitam sempre
reações de extremos.

P.S Há vida para além do futebol, também analisaremos todo o mundo desportivo que existe para além do nosso desporto rei.