Have Yourself a Merry Little Christmas

17-12-2022

SAM,
Chegado o mês de dezembro começa a História do Natal...


Chegado o mês de dezembro começa a História do Natal: as decorações de estrelas e flocos de neve penduradas por todos os lados, nas cidades e nas lojas, as músicas natalícias, as janelas cintilantes com luzes coloridas, fotos de pinheiros, decorados a rigor, a encher as redes sociais, convites para não sei quantos almoços e jantares (da empresa, do grupo do ginásio, dos colegas do curso de inglês/espanhol e por aí fora), os preparativos para a consoada e para o dia "em que Jesus nasceu" e, como é óbvio, as compras.

E é sobre as compras que eu quero desabafar...

Estou cansada do discurso "Esta época é a do consumismo! As pessoas fartam-se de gastar dinheiro, sobretudo em presentes, em vez de pensarem em dar amor, viver em paz e união e estar com a família e amigos.".

Vamos lá ver: Mas o que é que uma coisa tem a ver com a outra?

Eu compro presentes, para a família e amigos (até mesmo para conhecidos a quem devo um agradecimento) e, mesmo assim, continuo a ver o Natal como uma época de amor, paz, união e de estar com quem nos é importante.

Afinal, uma coisa não invalida ou nega a outra. Ou não é bem assim?

Para mim, um presente é uma manifestação de amor, de carinho, de demonstração de consideração e um Natal sem presentes não será o mesmo Natal. É verdade que não temos de gastar um balúrdio, pois uma lembrança bem escolhida aquece o coração e arranca um sorriso a qualquer pessoa.

Para além disso, não sei como é nas vossas casas, mas na minha, desde pequena e desde que me recordo, sempre tivemos uma árvore decorada, o presépio e, obviamente, presentes. A diferença, desse tempo para agora, é que só abríamos os presentes de manhã, porque o Pai Natal vinha durante a noite deixá-los debaixo da árvore, e hoje em dia, como os vai deixando "no sapatinho" nos dias que antecedem o dia de Natal, à batida da meia-noite estamos todos, com alegria, aos gritos, em comunhão e, muitas vezes, com palhaçadas à mistura, a distribuí-los.

E isto, meus Caros, é amor, alegria, união, criação de memórias e partilhar de momentos em família.

Por isso, para os defensores de que "estamos numa época de consumismo", deixo o meu conselho: não comprem nada e sejam felizes com a vossa decisão, mas deixem em paz e deixem-se de julgar (sem justificação) aqueles que, ao contrário de vocês, esperam o ano inteiro para fazer a tal troca de presentes, porque Natal há só um e cada um vive-o da maneira que bem entender.

E agora, vou ali fazer umas compras!

Truliru