Alta competição aos 40...
Lady in Red,
"Há atletas que possuem carreias absolutamente histórias ao nível de longevidade no desporto. Cristiano Ronaldo e Lionel Messi são exemplos sobejamente conhecidos embora agora já se tenham deslocado para meios menos competitivos."
Há atletas que possuem carreias absolutamente histórias ao nível de longevidade no desporto. Cristiano Ronaldo e Lionel Messi são exemplos sobejamente conhecidos embora agora já se tenham deslocado para meios menos competitivos. Não invalida de todo a carreira incrível que continuam a ter e a preponderância enorme na sua atual realidade competitiva. Mas optaram por terminar a carreira num patamar abaixo. Seja por motivos financeiros ou por motivos de querer expandir a paixão pelo futebol a outras geografias, prevalece essa realidade.
Contudo, há desportistas que desafiam ainda mais as leis da genética. Tom Brady, o famoso quarterback que conquistou sete títulos da NFL (Liga Nacional de Futebol) é um excelente exemplo. Para muitos é o melhor jogador da história deste desporto e é certamente o mais titulado. Brady jogou na NFL durante 23 épocas e foi selecionado como o MVP da NFL aos 40 anos e o MVP da Super Bowl aos 43. A Super Bowl é o jogo que define o campeão, provavelmente mais conhecido em Portugal pelo concerto do intervalo ou pela relação da Taylor Swift com o jogador dos Kansas Chiefs, Travis Kelce. Brady atribuiu a sua longa carreira ao mais alto nível a uma dieta muito regrada, devoção pelo desporto e, claro, devido aos métodos de treino e de recuperação mais evoluídos.
Existem inúmeros atletas que possuem longas carreiras repletas de sucesso, mas por agora estou-me a focar nos quarentões.
Assim sendo, não posso deixar de focar a carreira surreal de Lebron James (ainda não fez os 40 mais irá fazer este ano logo entra já na contabilização). No passado dia 2 de março, Lebron James atingiu os 40.000 mil pontos (regular season) na NBA. Lebron já era o jogador da história da liga com mais pontos marcados mas atingiu esta marca redonda que será muito difícil de ultrapassar. Lebron manteve uma constância incrível ao longo de mais de 20 épocas, evitando lesões graves e mantendo um nível físico incrível numa liga tão atlética como a NBA. Tal como Tom Brady, existe um nível de dedicação e cuidado com o corpo e com a mente que poucos conseguem atingir para ser tão bons durante tanto tempo.
Contudo, a carreira de um atleta nem sempre se mede só pela longevidade da mesma. Assim, quero, neste artigo, deixar um grande obrigada ao "nosso" João Sousa. O tenista português anunciou no passado dia 27 de fevereiro que se ia retirar do ténis profissional, precisamente porque o corpo já não lhe permite continuar. Por vezes nem é uma questão de dedicação mas genética e azar de ser perseguido por lesões. Também é preciso uma força interior muito especial para tentar prosseguir quando se é constantemente assolado por lesões. João Sousa retira-se do ténis profissional como o melhor tenista português e e o seu último torneio será, como não podia deixar de ser, em casa, no Estoril Open. A carreira dentro da quadra poderá estar perto de terminar para João Sousa mas certamente que continuará a ser uma parte vital do desenvolvimento do ténis português.
Mesmo que se afaste do mesmo, já mostrou que é possível trilhar caminho e chegar a ser o vigésimo oitavo melhor do mundo num desporto tão solitário e difícil como o ténis. Obrigada João!